São Paulo, sexta-feira, 31 de maio de 1996 |
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Clichê move 'Desafio'
DA REPORTAGEM LOCAL Jean-Claude Van Damme pode ser bonito e bom de briga, mas este seu "Desafio Mortal" é de uma estupidez atroz.Pode ser visto daqui a 200 anos como a quintessência dos filmes de lutas marciais, não porque seja bom ou original, mas pelo oposto: tem todos os clichês e todo o primarismo que assolam o gênero. Van Damme é um artista de rua que protege menores infratores na Nova York de 1925. Ao fugir da polícia ele se torna prisioneiro de piratas e aprendiz de pancadaria. Depois disso, com a ajuda de um pirata e vigarista inglês (Roger Moore), vai ao fim do mundo disputar um dragão de ouro com os maiores lutadores do planeta. Entre estes há um mastodonte japonês, um elétrico kung-fu chinês, um espanhol que luta dançando flamenco, um capoeirista brasileiro (Cesar Carneiro) e, claro, o vilão, um mongol carrancudo. Existe um público que vibra com essas tristes monotonias, o que só prova, afinal, que a humanidade não mudou tanto assim desde que os gladiadores se espancavam até a morte nas arenas romanas. Filme: Desafio Mortal Produção: EUA, 1996 Direção: Jean-Claude Van Damme Elenco: Jean-Claude Van Damme, Roger Moore, Carrie Newton, James Remar Onde: Eldorado, Morumbi e circuito Texto Anterior: 'Beco' retrata México Próximo Texto: 'Jurada' não tem vida Índice |
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