São Paulo, sexta-feira, 31 de maio de 1996
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Japonês Mariko ainda quer ir mais alto

JOSIMAR MELO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Pertencendo a um grupo japonês, é natural que o hotel Caesar Park sediasse um restaurante também japonês, e se esforçasse para que ele estivesse no topo.
Fisicamente o Mariko já está lá. Fica na cobertura do hotel, dando para um emaranhado disforme de prédios. Suas mesas são enfileiradas ao longo das janelas, ladeadas por balcões de sushi e teppans.
Depois de períodos de qualidade desigual, o Mariko entra também na briga para estar no topo da qualidade. O esforço traz resultados.
A principal arma de renovação do restaurante é o novo chef de cozinha, Osami Tanida, chegando ao Brasil há quatro meses. Aos 41 anos, Tanida teve sua formação de cozinheiro no Japão, mas tem passado por longa carreira em hotéis -seus últimos 13 anos passou em San Francisco e no Havaí.
No Mariko o chef Tanida já capitaneia dois eventos de data marcada: toda sexta-feira à noite acontece um bufê de sashimis a preço fixo (R$ 37,00, incluindo yakisoba e missoshiru); e aos sábados, o bufê é de sushis (R$ 32,00).
Mais importante, ele começa a mexer na rotina dos preparos do restaurante. O aji-no-moto foi abolido dos pratos quentes, o arroz ganhou novo sabor com a adição de sumo de limão e laranja (além do vinagre tradicional), os teppan-yaki têm mais variedade de peixes e de legumes.
O arroz, utilizado nos sushis, é realmente de qualidade, mas é preciso rigor no corte dos peixes -nem todos os pedaços são igualmente convenientes para o sushi. Os temakis são caprichados, os teppans são saborosos, mas deixados muito tempo na chapa (as carnes perdem suculência). O Mariko ruma para o alto, mas ainda tem caminho pela frente.

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