São Paulo, sexta-feira, 31 de maio de 1996
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Venezuela condena ex-presidente

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O ex-presidente da Venezuela Carlos Andrés Pérez foi condenado ontem a dois anos e quatro meses de prisão domiciliar por malversação de fundos do Estado.
A Corte Suprema de Justiça considerou Pérez, 73, responsável pelo desvio de US$ 17 milhões de um fundo secreto.
O dinheiro foi usado na segurança da presidente da Nicarágua, Violeta Chamorro.
Onze dos 15 juízes se pronunciaram a favor da condenação. Quatro se abstiveram de votar. As acusações de peculato (uso do dinheiro para benefício próprio) foram retiradas.
Um porta-voz do tribunal disse que Pérez terá de pagar uma multa, mas não especificou o valor.
O ex-presidente, que nunca deu esclarecimentos precisos sobre o caso, afirma ser inocente. Sua condenação seria o resultado de uma conspiração política liderada pelo atual presidente, Rafael Caldera.
"Eles não podem manchar o meu nome", afirmou. Ele disse que voltará à vida política depois de cumprir a sentença, embora tenha dito que não pretende concorrer novamente à Presidência da República. Seus direitos políticos não foram cassados.
Pérez sofreu impeachment em 1993, oito meses antes de concluir seu segundo mandato de cinco anos. Ele também havia ocupado a Presidência entre 1974 e 1979.
Sua prisão foi decretada em maio de 1994. Ele passou 69 dias em um presídio de Caracas, conseguindo depois o direito de ficar detido em sua residência.
Ele já está em prisão domiciliar há dois anos e poderá ficar em liberdade daqui a quatro meses.

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