São Paulo, sexta-feira, 31 de maio de 1996
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Despesas em Paris; Inscrição; Protesto; Contribuição negativa; Recuperação salarial; Investigação de menos

Despesas em Paris
"A respeito da reportagem 'Comitiva aproveita para passear' (29/5), esclarecemos que:
1) Dos nomes citados como integrantes da comitiva do Ministério da Cultura, apenas os secretários para o Desenvolvimento Audiovisual, Moacir de Oliveira, e de Apoio à Cultura, José Álvaro Moisés, têm suas despesas pagas por este Ministério, além do ministro Francisco Weffort, que acompanha o presidente Fernando Henrique Cardoso. Os outros membros do grupo não representam, portanto, quaisquer ônus para este órgão.
2) Como é do conhecimento da Folha, este ministério tem entre suas atribuições a responsabilidade pela administração de museus e bibliotecas de todo o país.
São, portanto, de fundamental valor os contatos 'in loco' com instituições congêneres no exterior, realizados quando surgem oportunidades como a atual viagem do presidente da República.
As visitas efetuadas em Paris pelos secretários deste ministério têm por objetivo preparar os encontros que o ministro Francisco Weffort está mantendo com autoridades da área durante sua permanência na capital francesa."
Angela Coronel, assessora-chefe de Comunicação Social do Ministério da Cultura (Brasília, DF)

Resposta da jornalista Daniela Pinheiro, enviada especial a Paris - Os cinco integrantes da comitiva do Ministério da Cultura que acompanha a viagem do presidente Fernando Henrique Cardoso a Paris têm suas despesas pagas com dinheiro público. Dois deles (José Álvaro Moisés e Moacir de Oliveira) são custeados diretamente pelo ministério. Os gastos de Helena Severo (secretária municipal de Cultura do Rio) e José Carlos Avelar (da Rio Filmes, órgão subordinado ao governo municipal) são pagos pela Prefeitura do Rio de Janeiro. Jorge da Cunha Lima teve suas despesas pagas pelas TVs Educativas, associação que ele representa, e que também é ligada à área pública federal.

Inscrição
"Gostaria de saber onde posso fazer a inscrição para participar da comitiva presidencial nas viagens ao exterior.
Viajar de graça, à custa do dinheiro do povo brasileiro, sempre foi meu grande sonho!!!"
Izabel Cristina Gagliardi (Cosmópolis, SP)

Protesto
"Em nome dos que morreram, dos que tiveram seus patrimônios vilipendiados e dos que sofreram humilhações e dificuldades constrangedoras em decorrência do confisco de suas poupanças no governo Collor, protesto contra a nomeação do mentor intelectual das medidas, Antônio Kandir, para ministro do Planejamento."
Eduardo Pinto Canabrava (Belo Horizonte, MG)

Contribuição negativa
"Josias de Souza finalmente abraçou a causa das crianças e dos adolescentes e, ao fazê-lo, foi brilhante ('Uma senhora de 12 anos').
Muito nos surpreendeu, também, o posicionamento do STF discutido no referido texto.
A concessão de habeas corpus ao encanador Márcio de Carvalho é uma contribuição negativa do STF à difícil luta que o Brasil vem travando pelo respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente."
Agop Kayayan, representante do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) no Brasil (Brasília, DF)

Recuperação salarial
"Ao comentar o editorial publicado em 7/5 pela Folha, o professor Roberto Felício ('Painel do Leitor', 9/5) desconsidera que o governo Covas está, de fato, percorrendo o caminho da recuperação salarial dos professores estaduais.
Desde janeiro de 1995 foi concedido aumento de 83,36% para o piso salarial dos docentes.
Quanto à afirmação de que alunos estariam sem vagas e professores sem empregos, é necessário lembrar que a reorganização da rede estadual de ensino foi democrática ao otimizar o uso de recursos físicos, financeiros e humanos.
Este ano, o Estado matriculou todos os candidatos, apesar do crescimento de 4% na demanda pelo ensino de 2º grau de 1995 para 1996.
Cerca de 22 mil professores contratados em caráter temporário, não-habilitados para o magistério, foram dispensados em virtude da racionalização da rede física."
Fernando Cunha, assessor de imprensa da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

Investigação de menos
"Em passado não muito remoto, a Folha se vangloriava de não ter o rabo preso com ninguém, a não ser com o leitor; como esse mote publicitário não foi mais veiculado, supõe-se que o rabo da Folha esteja agora preso com alguém. Será Paulo Maluf o felizardo?
Na aparência a Folha se mantém independente em relação ao alcaide paulistano, atacando-o frequentemente. São, contudo, ataques episódicos, ingênuos e geralmente sem fundamento.
O jornalismo investigativo, a grande contribuição deste jornal na imprensa brasileira, não tem sido de forma alguma aplicado a esse cidadão."
Lori Cinquetto (São Paulo, SP)

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