São Paulo, sábado, 1 de junho de 1996 |
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PMDB se mobiliza para preservar cargos
SÔNIA MOSSRI
O diretor-geral do DNER, Raymundo Tarcísio Delgado, e o secretário de Políticas Regionais, Cícero Lucena, deixaram os cargos para cumprir o prazo legal (domingo) de desincompatibilização. Ambos são pré-candidatos, respectivamente, às prefeituras de Juiz de Fora e de João Pessoa. Delgado conta com o apoio do ex-presidente Itamar Franco. Como parte do acordo, seu substituto -o ex-presidente da Eletrobrás Maurício Borges- é indicação do próprio Itamar e do deputado Newton Cardoso (PMDB-MG). O ato de nomeação já foi divulgado ontem pelo Palácio do Planalto. Disputa Cícero pediu demissão ontem para se candidatar à Prefeitura de João Pessoa (PB). Em Genebra, o presidente Fernando Henrique Cardoso informou que seu auxiliar havia lhe telefonado "na hora do almoço para avisar" que deixaria o cargo. FHC não anunciou o substituto. A saída de Cícero desencadeou uma luta no PMDB nordestino para obter a secretaria. Os senadores Ronaldo Cunha Lima e Humberto Lucena, ambos do PMDB paraibano, já solicitaram ao ministro para Coordenação de Assuntos Políticos, Luiz Carlos Santos, que o cargo permaneça com esta bancada. O presidente do PMDB, Paes de Andrade (CE), quer a vaga para o ex-senador Mauro Benevides. O deputado João Henrique (PMDB-PI) também se candidatou a substituir Cícero Lucena. Segundo a Folha apurou, ele deve ser o contemplado. A secretaria tem somente R$ 17 milhões em recursos orçamentários para programas emergenciais de combate à seca ou a enchentes (situações de calamidade). Os parlamentares disputam o órgão por causa de R$ 1 bilhão da Sudene (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste) e Sudam (Superintendência de Desenvolvimento do Amazonas). Outras saídas Também já pediram demissão para disputar as eleições: Luiz Paulo Velloso Lucas (Secretaria de Acompanhamento Econômico) e Antônio Imbassahy (Eletrobrás). Para substituir Imbassahy foi escolhido Firmino Ferreira Sampaio. O lugar de Velloso Lucas foi ocupado por Bolivar Moura Rocha, ex-chefe de gabinete do ministro da Fazenda, Pedro Malan. Texto Anterior: Erundina promete criar banco popular Próximo Texto: Stephanes desiste de concorrer Índice |
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