São Paulo, sábado, 1 de junho de 1996
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"Torcida estranha" faz críticas, diz FHC

'Quando há coisas boas, dizem que fui eu'

LUIZ ANTÔNIO RYFF
ENVIADO ESPECIAL A GENEBRA

O presidente Fernando Henrique Cardoso disse que as críticas a seu governo são frutos de "uma torcida estranhíssima".
"Parece que as pessoas querem que as coisas não dêem certo. Então começam a ver problema onde não existe e fazem pressão em cima", disse ontem em Genebra, no último dia de sua visita de cinco dias à França e à Suíça.
"Mas estou acostumado a isso. Quem está acostumado à vida política sabe que isso são ondas. É só a gente não dar atenção."
FHC reclamou que, no Brasil, costumam culpar o presidente por tudo que acontece.
"Mas quando acontecem coisas boas, e eu não fiz nada para que ocorressem, as pessoas dizem que fui eu. Isso compensa."
Sobre cobranças feitas na França à questão de direitos humanos no Brasil, FHC disse que outros países enfrentam problemas com direitos humanos e que não se sente atacado pelas críticas.
"Eu também falei sobre os problemas da imigração na França. Isso não significa que eu esteja atacando a França."
Antes de viajar, FHC visitou a Fundação Martin Bodmer, em Genebra (Suíça), uma das maiores bibliotecas particulares do mundo. No seu acervo constam vários manuscritos gregos e textos como o "Evangelho de São João", do século 2º.
O carro-chefe da biblioteca é um dos cerca de 40 exemplares da Bíblia impressos por Gutemberg ainda existentes.
"É a coisa mais maravilhosa que já vi", disse FHC, em francês, a seus anfitriões.
O presidente embarcou ontem para o Brasil. Ruth Cardoso ficou na Suíça, de onde viaja no fim-de-semana para Istambul (Turquia) como chefe da delegação brasileira na Habitat 2.

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