São Paulo, sábado, 1 de junho de 1996 |
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Ambientalistas julgam países que violam direitos humanos Brasileira vai mostrar casos de remoção forçada de moradores VICTOR AGOSTINHO
A comunidade ambientalista internacional vai julgar os países que mais violam o meio ambiente e os direitos humanos. O Brasil foi escolhido por ter como prática generalizada a remoção forçada de pessoas de suas moradias. Sonia afirma que vai mostrar no júri que há muita remoção forçada no Brasil. Entre outros exemplos, ela vai citar o que ocorre na Baixada de Jacarepaguá, zona oeste do Rio, onde, por causa da especulação imobiliária, os moradores mais pobres foram removidos. "Quero apresentar no Fórum das ONGs o conflito entre a pobreza das favelas e o luxo dos guetos formados a partir dos condomínios fechados", disse Sonia. Em 1990, quando era superintendente para o meio ambiente da Prefeitura do Rio, Sonia conseguiu embargar a maior obra imobiliária da América do Sul. Por sua atuação, deixaram de ser construídos ao redor da lagoa da Tijuca centenas de prédios. No dia 9 de junho Sonia vai ser premiada com o "Global 500", prêmio dado pela ONU às pessoas que se destacaram na preservação do meio ambiente. O nome da ambientalista também será incluído na "Lista de Honra dos 500", que reúne os que tiveram ação exemplar na preservação ambiental, de acordo com critérios da ONU. Já receberam este prêmio o ambientalista Chico Mendes, o ex-presidente norte-americano Jimmy Carter e o oceanógrafo francês Jacques Cousteau. Sonia é advogada, bióloga, psicóloga e professora de Direito Ambiental (coordenou a pós-graduação em direito Ambiental da Universidade Estácio da Sá, no Rio). Ela fundou e preside o Movimento Brasileiro de Defesa da Vida, uma ONG que luta contra os abusos ao meio ambiente. Texto Anterior: Radiografia da delegação brasileira na Habitat 2 Próximo Texto: Maria Emília acha crítica de ONGs injusta Índice |
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