São Paulo, domingo, 2 de junho de 1996 |
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MaxiLife corre atrás dos esportistas
CÉLIA DE GOUVÊA FRANCO
O aumento constante e rápido do número de pessoas preocupadas com a saúde está engrossando o mercado consumidor de produtos desenhados especialmente para atender às necessidades e expectativas desses esportistas. Hoje, esse mercado já movimenta algo como US$ 500 milhões por ano, em parte por meio de uma rede de 500 a 600 lojas de produtos naturais e aproximadamente 1.700 academias de ginástica apenas na cidade de São Paulo. Apesar desses valores animadores, ainda são poucas as empresas de grande ou mesmo médio porte e profissionalizadas que estão disputando esse mercado. A MaxiLife foi criada, em setembro do ano passado, exatamente para explorar nichos do mercado de produtos para esportistas e para quem se preocupa com a saúde. A empresa é controlada por Rodrigo da Rocha Loures, 29, um dos herdeiros do grupo Nutrimental, fundado há quase 30 anos especificamente para atuar no setor de alimentos industrializados. Hoje, o grupo, que teve faturamento de R$ 65 milhões no ano passado, tem interesse em outros setores da economia, inclusive na área de telecomunicações. Diversificação A criação da MaxiLife segue esse processo de diversificação, desencadeado em 78, e de profissionalização da Nutrimental. Os membros da geração mais nova das famílias controladoras passam por um estágio na empresa, mas devem, depois, buscar novas opções de trabalho. Foi o que aconteceu com Rodrigo. Filho de um dos fundadores da Nutrimental, ele partiu, no ano passado, para a constituição da MaxiLife com o objetivo de, com uma empresa menor e mais enxuta, descobrir o que pode ser explorado em termos de alimentos e bebidas voltados para o consumidor interessado em esportes e saúde. Um desses produtos é uma barra de cereais e frutas secas, que está sendo comprada por muitos consumidores como substituto do chocolate. No ano passado a receita do Nutry cresceu 1.012%. A estratégia de marketing da MaxiLife é diferente da seguida por empresas mais tradicionais. Em vez de vendedores, foram contratados nutricionistas e professores de educação física para divulgar os produtos. "Estamos procurando quem influencia os formadores de opinião no mercado de produtos esportivos", explica Rodrigo Loures. Texto Anterior: Reajuste é de 24,41% este mês Próximo Texto: Diversificação da Nutrimental começou em 1978 Índice |
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