São Paulo, segunda-feira, 3 de junho de 1996
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PT pesquisa motivo de rejeição

Erundina tem o maior índice

DA REPORTAGEM LOCAL

O PT iniciou uma ofensiva para tentar diminuir a rejeição de parte do eleitorado em relação a Luiza Erundina, candidata do partido à Prefeitura de São Paulo.
A cúpula do PT encomendou pesquisa para saber os motivos pelos quais 41% dos paulistanos -segundo o Datafolha- dizem que jamais votariam na petista.
Erundina, ex-prefeita da cidade (1989-1992), lidera em rejeição.
Com a entrada do tucano José Serra na disputa, a maior batalha do PT -na avaliação interna- é procurar manter Erundina em patamares que variem entre 25% e 30% das preferências, nas mais variadas pesquisas de opinião.
O receio maior é de que o "efeito Serra" -que ameaça o candidato Francisco Rossi (PDT)- atinja a ex-prefeita paulistana.
Anteontem, já em campanha, Erundina reconheceu que é decisiva a manutenção dos índices atuais. "É a primeira vez que saímos em posição tão vantajosa. São patamares suficientes para ir ao segundo turno", frisou.
Com a pesquisa sobre rejeição em mãos, imagina Jilmar Tatto, presidente do diretório municipal, seria possível reverter 50% dos casos de rejeição (porque eles estariam supostamente motivados por questões administrativas).
Os outros 50% dos casos de rejeição seriam de pessoas com posições ideológicas contrárias -com as quais o PT não perderia tempo.
Essa é a fórmula que o partido encontrou para tentar neutralizar baixas no eleitorado a partir do momento em que os adversários começarem a atacar a ex-prefeita, principalmente o candidato de Paulo Maluf, Celso Pitta (PPB).
Apesar de dizer que não pretende polarizar com Serra, a petista repetiu que, com uma vitória em São Paulo, o PT poderia influenciar com mais peso na política econômica do governo, "que gera desemprego, recessão e aflige até o setor produtivo, os empresários".

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