São Paulo, segunda-feira, 3 de junho de 1996 |
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Pinotti bate Leiva e é candidato do PMDB
GEORGE ALONSO
Pinotti agora é o candidato do partido à Prefeitura de São Paulo, até que a Justiça julgue o mérito de liminar impetrada para poder disputar a convenção. Não fosse isso, a convenção seria apenas para homologar a candidatura Leiva, que venceu a prévia do partido. Foi uma vitória do ministro de Assuntos Políticos do presidente Fernando Henrique Cardoso, Luiz Carlos Santos. Quércia, já reduzido à condição de líder regional, tem abalada a sua pretensão de candidatar-se ao governo estadual em 1998. Foi uma vitória completa dos governistas do PMDB. O vice de Pinotti, Alberto Goldman, bateu Carlos Apolinário, da outra chapa (196 votos a 180). A chapa da ala governista incluiu ainda todos os seus 23 vereadores na disputa. Validade Leiva não reconheceu a validade da convenção. "Eu reconheço a prévia", disse. Pinotti só disputou a convenção porque obteve liminares na Justiça -nenhuma delas foi cassada antes da convenção. O último recurso de Leiva, junto ao Tribunal Regional Eleitoral paulista, também foi rejeitado. O resultado da prévia -vencida por Leiva por 16 votos- foi questionado por Goldman e Pinotti. Eles apresentaram laudos atestando que 51 dos eleitores tinham assinaturas diferentes no primeiro e no segundo turnos. Com esse argumento obtiveram a liminar para ir à convenção. Essa briga judicial pode se arrastar e deixar o PMDB sem candidato, abrindo espaço para a ala palaciana do PMDB apoiar o tucano José Serra, sem incorrer em infidelidade partidária. 'Mala-preta' O quercista Leiva voltou a acusar o ministro de usar "a mala preta". "A pressão federal foi muito forte. Valeu o peso de métodos não-convencionais de acertar votos. Na madrugada, correu balcão de supermercado com convencionais." O ministro, que votou acompanhado por 15 seguranças, disse que vai acionar Leiva na Justiça. Santos anunciou a disposição da ala governista do PMDB. "Vamos colocar a seção São Paulo do partido em sintonia com a posição de nível nacional. A posição do PMDB é apoiar o governo. Quem não faz isso, está contra o partido." Oficialmente, Pinotti diz que não vai abrir mão de sua candidatura. "Sou amigo de Serra. Farei campanha sem ataques pessoais." Mas não descarta apoio ao tucano em eventual segundo turno. Texto Anterior: PT pesquisa motivo de rejeição Próximo Texto: Rossi prefere Erundina Índice |
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