São Paulo, segunda-feira, 3 de junho de 1996
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"Tudo não passa de armação"

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Os proprietários da Clínica Santa Genoveva, Eduardo Quadros Espíndola e Mansur José Mansur, disseram ontem à Folha não ter qualquer responsabilidade sobre as mortes ocorridas na clínica.
"Tudo não passa de uma grande armação para prejudicar os dois sócios da clínica", disse Espíndola.
Fumando um charuto, Espíndola afirmou que "estão tentando passar uma imagem de que o sistema de saúde é desorganizado".
Com isso, de acordo com o sócio da clínica, "querem pressionar os deputados federais a votar contra o novo imposto para a saúde".
Segundo Mansur, todos os dias morrem pacientes na Santa Genoveva, que é um "hospital terminal" -especializado em pacientes sem condições de tratamento.
Os dois afirmam que não houve negligência no atendimento dos pacientes e que em nenhum momento houve qualquer tipo de irregularidade na clínica.
Espíndola afirma que há um exagero no número de mortes divulgado pelos jornais, mas não diz qual seria o verdadeiro total. "É bem pequenininho", diz.
O médico diz que esse total "pequenininho" estaria dentro dos padrões da clínica.
A Clínica Santa Genoveva tem capacidade para cerca de 300 pacientes. Na semana passada, o coordenador de Vigilância Sanitária da Secretaria Estadual da Saúde, Mauro de Brito, havia dito que o índice de mortalidade num hospital como esse gira entre 10% a 15% do total de pacientes por mês.

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