São Paulo, segunda-feira, 3 de junho de 1996 |
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Sopa para 600 toda semana
FREE-LANCE PARA A FOLHA Bianca Ferrari dos Reis, 18, trabalha em um banco durante o dia e estuda à noite. Todas as terças-feiras, ela falta no cursinho para distribuir sopa para pessoas carentes nas ruas de São Paulo. Bianca é voluntária da Associação Beneficente Benedito Pacheco, fundada por um grupo de amigos que resolveu arregaçar as mangas para lutar contra a fome. A sopa é feita por dois ex-mendigos, que, em troca, recebem um salário e moradia. Seiscentas pessoas por semana são alimentadas pela entidade. "Eu me sentia meio inútil perante a sociedade, por isso resolvi participar", conta Bianca. Ela acha que o serviço civil não pode ser obrigatório. "Se for sem vontade, esse trabalho não fica bem feito", diz."A gente vive num país que se diz democrático, por isso sou contra a obrigatoriedade. O governo devia divulgar informações para estimular todos a participar." Texto Anterior: O serviço civil em outros países Próximo Texto: Torrada engorda tanto quanto pão Índice |
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