São Paulo, segunda-feira, 3 de junho de 1996 |
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Violência deixa 114 mortos em 11 dias numa Província
CG
Até a queda do governo de minoria branca, grande parte da violência era atribuída à luta pela igualdade política dos negros. Agora, não há mais a desculpa para mascarar os conflitos entre grupos negros e a violência gerada pelas diferenças sociais e raciais. A violência, política ou não, atingiu nível tão elevado que chacinas e massacres não são novidade. No período de 11 dias encerrado em 27 de maio último, 114 pessoas foram assassinadas na Província de KwaZulu/Natal. Nessa Província, governada pelo Inkatha, partido adversário do presidente Nelson Mandela, uma verdadeira guerra civil já matou 1.600 pessoas neste ano -20.000 nos últimos dez. A violência provincial disparou no período anterior às eleições gerais de 1994. O Inkatha venceu a disputa em KwaZulu/Natal, mas os líderes regionais do CNA falam em fraude. Para eles, a vitória do Inkatha foi um acordo celebrado entre o partido de maioria zulu e a direção federal do Congresso Nacional Africano -o partido de Mandela. Criminalidade A violência comum cresceu a ponto de espantar os investimentos estrangeiros, na opinião do vice-presidente Thabo Mbeki. Em 94, ocorreram 50 assassinatos por dia, e pelo menos três crimes violentos foram cometidos a cada dois minutos em todo o país. O governo federal chegou a lançar um programa especial de combate à criminalidade. Texto Anterior: Hotel seis estrelas tem até terremoto de mentira Próximo Texto: Cronologia Índice |
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