São Paulo, terça-feira, 4 de junho de 1996
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O PT não vê creches de Maluf

ADAIL VETORAZZO

A vereadora Aldaíza Sposati está fugindo como o diabo da cruz do desafio que lhe foi formulado, para que, em companhia da ex-prefeita Luiza Erundina, pudéssemos visitar cada uma das 131 novas creches instaladas pela atual administração.
A vereadora refugia-se do vexame de ver comparada a ação social entre a gestão atual e a passada por meio de ataques estéreis, como seu artigo publicado neste espaço (28/5), falso e mentiroso da primeira à última linha.
O governo de Paulo Maluf instalou, sim, 131 novas creches, como bem sabem as mães da periferia, que nelas deixam seus filhos todos os dias. Nessa matéria, o atual governo bate de goleada a gestão petista em todos os números. Luiza Erundina deixou o governo com 574 creches entre diretas e conveniadas, 99 a mais do que recebeu do governo Jânio Quadros. Hoje esse número é de 705, ou 20% a mais do que no governo petista.
A política de creches no atual governo não difere do anterior apenas na quantidade dos equipamentos, mas sobretudo no método utilizado: rompeu-se com o corporativismo e o clientelismo praticado pelo "governo das assistentes sociais", profissão de Luiza Erundina e da própria vereadora Sposati, que priorizavam gastar mais dinheiro em creches diretas (mais caras), para poder garantir uma reserva de mercado às colegas e abrigar, não crianças, mas cabos eleitorais do PT.
Embora tenha até o momento construído ou ampliado 43 prédios para creches, o atual governo privilegiou ampliar o atendimento através da rede conveniada. O investimento em convênios com entidades assistenciais praticamente dobrou, de US$ 3,5 milhões por mês ao tempo do PT para US$ 6 milhões mensais hoje. Além disso, como reconhece a vereadora, a prefeitura pagava US$ 89 mensais por criança naquela época e hoje paga R$ 106 ou US$ 108. A desonestidade na manipulação de dados é tamanha que, no citado artigo, a vereadora Sposati, para distorcer esses números que não lhe agradam, tem o cinismo de dizer que US$ 89 de 1992 equivalem a R$ 126 de 1996. Como o real foi instituído em 94 com paridade de 1 por 1 em relação ao dólar e não superou esse patamar, o leitor pode verificar quem é que tenta blefar, vendendo gato por lebre.
Como diz o ditado popular, o pior cego é aquele que não quer ver. A vereadora Aldaíza Sposati e a ex-prefeita Luiza Erundina não querem ver as creches instaladas por Paulo Maluf. O PT prefere atacar e mentir pelos jornais. Só que as creches estão lá, prestando um serviço bem melhor do que antes, e a população sabe disso.

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