São Paulo, terça-feira, 4 de junho de 1996 |
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300 pessoas participam do 7º linchamento do ano na Bahia
LUIZ FRANCISCO
Foi o sétimo linchamento registrado na Bahia este ano. Após a invasão, moradores de Valença (a 256 km de Salvador) retiraram Santos do hospital. Antes de ser morto com socos, pontapés, pauladas e pedradas, Santos foi arrastado por cerca de 200 metros pelas ruas do centro de Valença. Ele estava algemado em um leito do hospital. "Nós o algemamos porque ele era muito perigoso", disse o delegado Joaquim de Aquino Pires. O delegado disse que quatro policiais faziam a segurança do acusado dentro do hospital. "Os policiais não tinham como enfrentar 300 pessoas", disse o delegado. Segundo o delegado, na última sexta-feira Santos tentou assaltar o comerciante. "O comerciante reagiu, foi morto, mas conseguiu acertar um tiro na perna do assaltante", disse. No sábado, após o enterro do comerciante, os moradores de Valença invadiram o hospital. O delegado Joaquim Pires disse que Santos tinha prisão preventiva decretada e era acusado de praticar assaltos, roubos e quatro homicídios em Valença. O diretor médico da Santa Casa da Misericórdia de Valença, Jorge Guimarães Souza, disse que os policiais tentaram impedir a entrada dos linchadores no hospital. "Os linchadores quebraram a porta do hospital e procuraram o acusado de apartamento em apartamento, até encontrá-lo", disse. O delegado Joaquim Pires disse que abriu inquérito para apurar o caso. Texto Anterior: PF quer criar 'sucursal' do FBI no Brasil Próximo Texto: Presos em Minas PMs acusados de torturar 19 garotos de rua Índice |
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