São Paulo, terça-feira, 4 de junho de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Testemunha liga empresário a grupo de extermínio do AM

ANDRÉ MUGGIATI
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS

Uma testemunha relacionou o empresário Alberto Pazzuelo, preso desde o último dia 28, a um grupo de extermínio que, segundo ela, atua em Manaus (AM).
A testemunha, cujo nome vem sendo mantido em sigilo, depôs na semana passada na polícia e no Ministério Público. É uma ex-empregada, que trabalhou na casa de Pazzuelo por três meses.
Ela identificou oito policiais como integrantes do grupo, auto-intitulado "A Firma".
Pazzuelo foi preso em flagrante, acusado de estuprar, torturar e manter adolescentes em cárcere privado. Duas garotas foram libertadas pela polícia após terem ficado três dias prisioneiras na casa do empresário, onde foram encontradas drogas e armas.
A testemunha mostrou à polícia um compartimento secreto da casa, que seria usado para guardar grandes quantidades de droga. Segundo o Ministério Público, ela diz ter visto dois assassinatos na casa. A polícia achou várias marcas de balas nas paredes do quintal.
Segundo a testemunha, Pazzuelo teria obrigado um ex-cúmplice a cavar uma sepultura no quintal da casa. Após cavar, o cúmplice teria sido morto e enterrado no local.
Na sexta-feira, a polícia iniciou escavações no quintal para procurar o corpo. As escavações prosseguiram ontem. Até as 18h, nada havia sido encontrado.
O promotor Carlos Coelho, do 1º Tribunal do Júri, disse acreditar no depoimento da ex-empregada, devido à riqueza de detalhes. Segundo a polícia, Pazzuelo se recusa a falar com a imprensa. Em depoimento, ele se declarou inocente.

Texto Anterior: Mundo roda seu novo filme de 5ª categoria
Próximo Texto: Noiva de 14 anos se casa em Itu
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.