São Paulo, terça-feira, 4 de junho de 1996
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Verde Parmalat!

JUCA KFOURI
VERDE PARMALAT!

Por um problema técnico não foi trocada a coluna escrita antes do jogo Palmeiras e Santos pela redigida depois.
Assim, involuntariamente, este espaço não pôde saudar o grande campeão, pecado mortal ainda mais quando quem o ocupa é um assumido corintiano. Nada, no entanto, que não se possa corrigir, mesmo que tarde.
Se bem que o corintiano anda há tanto tempo embevecido com o maravilhoso espetáculo alviverde que nem há muito o que acrescentar ao que vem sendo badalado não é de hoje.
Talvez tenha faltado dizer que os 25 pontos que separam o campeão do vice revelam na perfeição a diferença entre o Palmeiras e o resto. Isso mesmo: Palmeiras e o resto...
Mas tem mais. Este Palmeiras é a prova provada de que um time brasileiro pode atropelar quem surgir em sua frente sem abrir mão da fantasia que caracteriza o nosso jogador. Mérito que deve ser creditado a Luxemburgo.
Já dá para afirmar, ainda, que este Palmeiras campeão paulista de 1996 é superior ao que venceu três anos atrás porque, enfim, a comparação se dá entre duas equipes vencedoras. Claro que falta a Rivaldo e cia, a Muller et caterva, a Djalminha e seus cometas, ganhar o bi paulista e o bi brasileiro.
Só que está claro que se for possível manter o atual elenco, e reforçado por craques como Giovanni, a ambição palmeirense será mesmo satisfeita é em Tóquio. E este time pode.

Afinal, se os japoneses fazem festa para o Verdy Kawasaki, imagine a festa que farão para o Verde Parmalat, melhor demonstração possível do que o talento brasileiro é capaz quando associado ao profissionalismo dos europeus.

O vice-campeonato do São Paulo dá, em tese, o mesmo direito obtido pelo campeoníssimo Palmeiras: uma vaga na cada vez melhor Copa do Brasil. Só em tese porque Corinthians e Santos também devem ser convidados pela CBF, incapaz de ser séria até quando inventa um belo torneio.

"O Santos está jogando a 40 quilômetros num campo de futebol de salão, e o Palmeiras a mil por hora no Maracanã", sacou com brilho o comentarista da ESPN-Brasil, Walter Casagrande Jr., para ilustrar a diferença entre a velocidade e o espaço que faltavam ao alvinegro e sobravam para o campeão. Vai longe, o Casão.

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