São Paulo, terça-feira, 4 de junho de 1996
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Orson supera tradição

INÁCIO ARAUJO
DA REDAÇÃO

Os espectadores atribuem com frequência aos canais de TV paga o defeito da repetição excessiva dos filmes. As estações respondem que isto é uma característica do veículo: repetir, oferecendo várias opções de horário ao espectador.
Pode ser, mas a sensação de monotonia que se cria vai além disso. Com raras exceções (Eurochannel, por vezes o Multishow) somos submetidos a uma severa dieta hollywoodiana.
Não importa tanto que "A Marca da Maldade" seja exibido muitas vezes pelo Telecine (hoje, é às 12h05). Mas seria desejável poder comparar a grandeza de Orson Welles à de, digamos, Eisenstein, o russo.
Ou então de Renoir, o francês, Visconti, o italiano, Dreyer, o dinamarquês, etc.
A vantagem de Welles: está além da tradição, de algum modo é lateral a ela. Pode-se ver e rever. É impermeável à sensação de monotonia.
(IA)

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