São Paulo, quinta-feira, 6 de junho de 1996 |
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Argentina reverte a fuga de capitais
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS Os bancos argentinos superaram o nível de depósitos que tinham antes do "efeito tequila", mas as sequelas da crise impedem uma saída rápida da recessão.O banco central argentino revela em seu relatório de maio que os bancos acumulam depósitos de US$ 50 bilhões em dólares e pesos, cifra 11% maior que a registrada antes do colapso mexicano. A consultoria privada GCA alerta para a bolha de liquidez atualmente existente na praça financeira doméstica, mas não espera um impacto sobre o consumo comparável ao que existia antes da crise de dezembro de 1994. A Argentina foi o país latino-americano que mais sofreu com a crise, com uma fuga de capitais de mais de US$ 7,5 bilhões, o desaparecimento de quase 40 instituições financeiras, um aumento do desemprego de 12% para 16,4% e queda do PIB de 4,4% em 1995. Os últimos indicadores econômicos já indicam o início de uma reversão, com um aumento de 5% no índice de produção industrial no primeiro trimestre frente aos últimos três meses de 1995. O problema agora é que o aumento da liquidez e da confiança no sistema financeiro não se faz acompanhar de uma retomada vigorosa do nível de atividade. As vendas no varejo sofreram nos últimos 12 meses uma queda de 40% em média, segundo as câmaras comerciais argentinas. O ministro de Economia, Domingo Cavallo, reafirmou na última segunda-feira que espera um crescimento de 5% do PIB argentino em 1996. Texto Anterior: Os deputados e o nosso dinheiro Próximo Texto: O caso Anhanguera Índice |
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