São Paulo, sexta-feira, 7 de junho de 1996
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Ministro não aceita as cotas

JOSÉ ROBERTO TORRES
DA REPORTAGEM LOCAL

Para o ministro Paulo Renato (Educação), os dados do Censo 91 não surpreendem. Ele é contra o estabelecimento de cotas de vagas para negros nas universidades.
Na sua ótica, a questão é social, não racial. O ministro defende o que chama de ações afirmativas sociais: "É preciso adotar políticas afirmativas para os analfabetos, priorizar o ensino fundamental e ações para a camada mais pobre".
Os defensores das ações afirmativas para diminuir as desigualdades entre raças divergem do ministro. "Os dados do IBGE provam que as pessoas não são iguais perante as oportunidades", afirma o professor Milton Santos (USP).
O Brasil entrou no refluxo das políticas afirmativas sem que as tenha adotado. "Estamos caminhando para um país em que todas as formas de solidariedade foram descartadas", diz Santos.
(JRT)

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