São Paulo, sexta-feira, 7 de junho de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Comercial

NELSON DE SÁ
DA REPORTAGEM LOCAL

Não, não pode. Mas Paulo Maluf não está nem aí. Nem Celso Pitta.
Sem ninguém esperar, o candidato abriu a grande mudança na propaganda deste ano: um comercial de meio minuto, não apenas para alavancar a sua campanha, mas para fazer o nome do chefe pelo país.
- O Cingapura é uma solução para todas as favelas do Brasil!
E mais, foi "graças a um projeto econômico", pois "quando o dinheiro público é usado de forma correta muito se pode fazer" -uma resposta prévia aos questionamentos petistas quanto ao crescimento da dívida administrada por, quem mais?, Celso Pitta.
*
O candidato malufista, em pleno feriado, também esteve no Gazeta Meio-Dia e, minutos depois, no Record em Notícias -os "jornais da tosse", em que deputados e outros comentam temas políticos.
Já melhorou muito o seu desempenho, a sua naturalidade, tão necessária em televisão.
Mas não adianta, que o sotaque carioca segue carregado. Mais até, a sua própria natureza. Um comentário dele, de ontem:
- A situação de poluição aqui é grave. Eu, que sofro de sinusite, tenho um verdadeiro pesadelo com a falta de ar que a poluição provoca.
*
É difícil imaginar um carioca prefeito de São Paulo, em momento de crescente isolamento paulista. Que o diga o governador Mário Covas, questionado ontem, em Londres, sobre a ameaça de intervenção federal:
- Temer eu não temo. Eu fui eleito.
Ou ainda:
- Não é um problema do Poder Executivo. É um problema do Estado como um todo.
Para reagir, ele convocou os outros "chefes dos poderes". Ecos de 32.

Texto Anterior: Ministro não aceita as cotas
Próximo Texto: O imbróglio Mendes Jr.
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.