São Paulo, sexta-feira, 7 de junho de 1996
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'Araraquara é a melhor cidade do mundo'

DOS ENVIADOS ESPECIAIS A ISTAMBUL

Ruth Cardoso conhece as principais capitais do planeta. Morou em Paris, passou temporadas em Nova York, viveu em São Paulo ("transito impossível") e vive em Brasília. "Araraquara é a melhor cidade do mundo". Ela nasceu lá e não descarta a idéia de voltar.

Folha - A sra. acha que acertou em aceitar esse lugar no governo, expondo-se à pancadaria?
Ruth Cardoso - Queria que o papel de mulher do presidente da República fosse visto de forma diferente, como alguém que lutou pela emancipação da mulher.
Folha - Está valendo a pena?
Ruth - As críticas, às vezes, são desagradáveis. Há muita incompreensão. O programa não foi bem descrito pela imprensa. Quem está na esfera pública está sujeito a críticas e algumas incompreensões.
Folha - Como é abrir o jornal e levar pancada logo de manhã?
Ruth - É uma experiência nova. Não me incomoda. Sou muito crítica. Também gosto de críticas construtivas. Está valendo a pena levar essas pancadas. Estou conseguindo fazer coisas nas quais acredito e estou vendo os resultados.
Folha - A sra. saiu de Araraquara e foi a São Paulo, uma cidade quase insuportável. Tem saudades?
Ruth - Araraquara é a melhor cidade do mundo, certamente. Mas São Paulo não é insuportável. Folha - Pensa em voltar?
Ruth - De repente.... São Paulo não é insolúvel. Precisamos de gente para assumir o destino de São Paulo, que é ser uma cidade global, de terceirização, com possibilidades de comunicação.
Folha - Gostou do rodízio?
Ruth - É uma solução de emergência.
Folha - Vai deixar o carro em casa?
Ruth - Vou.

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