São Paulo, sexta-feira, 7 de junho de 1996
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Quórum; Correções; Propostas econômicas; Consentimento; Ame-a ou deixe-a; Revolta; Em defesa da "Voz"; Fato irrelevante

DE UM PAULISTANO COM 61 ANOS E MUITO SAUDÁVEL."

Quórum
"Cometeu equívoco a coluna 'Painel' ao publicar nota informando que convoquei cinco reuniões, que caíram por falta de quórum.
Na realidade, já realizamos seis reuniões, que entre outros assuntos trataram das questões da LDO, sendo uma de audiência pública com o ministro Serra para discutir o tema, três ordinárias e duas extraordinárias.
Nessas reuniões, além de tratarmos da LDO, distribuímos para relatoria as contas dos últimos quatro anos dos presidentes da República, além de criarmos duas subcomissões especiais para estabelecer datas, normas e critérios sobre o orçamento, LDO e Plano Plurianual.
Gostaríamos de afirmar com absoluta convicção que a LDO será remetida à Mesa da Câmara dentro do prazo estabelecido."
Sarney Filho, presidente da Comissão de Planos, Orçamento Público e Fiscalização da Câmara (Brasília, DF)

Resposta do jornalista José Roberto de Toledo - A falta de quórum efetivamente derrubou sessões da comissão até que fosse aplicado um drible no regimento interno: o livro de presença é assinado pelos membros da comissão por três dias durante a semana, mas só no terceiro se realiza a sessão. Ou seja, o parlamentar nem sequer precisa estar em Brasília na quinta para garantir o quórum da reunião. Quanto a seguir o prazo para deliberar sobre a LDO, só resta desejar que o deputado siga sua convicção e remeta-a à Mesa em tempo.

Correções
"O noticiário sobre a festa de casamento de minha filha acrescentou reportagem referente a minhas atividades empresariais. Nela está registrado que construí meu patrimônio 'com dinheiro que foi trazido do Líbano', o que é verdade. Acrescento que esses valores chegaram ao Brasil em volumes substanciais devidamente registrados no Banco Central.
O jornal ainda assinala que 'em abril do ano passado a Justiça absolveu Nahas de uma série de crimes falimentares'. Também é verdade e posso afirmar que outras absolvições vão ocorrer nos processos ainda pendentes, fazendo-se, assim, justiça.
O que não é verdade é que 'eu tenha sido proibido de entrar nos Estados Unidos' ou então 'tenha tido prejuízo no mercado de prata em Nova York' e nem que o Banco Sogeral tenha em qualquer época me acusado de lhe ter causado qualquer prejuízo.
O tempo está esclarecendo tudo o que ocorreu no choque da Bovespa em 1989. Ao final, vai se ver que fui realmente 'vítima de trama armada por Eduardo Rocha Azevedo' (então presidente da Bovespa), como bem lembrou a Folha. E os verdadeiros culpados, afinal, terão que ser punidos."
Naji Robert Nahas, empresário (São Paulo, SP)

Nota da Redação - As informações publicadas estão corretas. O sr. Naji Robert Nahas quer fazer crer que o jornal não possui arquivo. O empresário foi processado na Justiça dos Estados Unidos e não pôde entrar naquele país sob ameaça de prisão, por causa dos prejuízos no mercado de prata em Nova York. O empresário sofreu inquérito sobre operações no Banco Sogeral. Os prejuízos no Brasil do grupo bancário francês foram avaliados em cerca de US$ 110 milhões. Os clientes da Companhia Internacional de Seguros -liquidada pela Susep- reclamam indenizações de seguros. A CIS era de propriedade do sr. Naji Nahas.

Propostas econômicas
"Estivemos presentes na entrevista de Aloizio Mercadante realizada em 15/5 por ocasião de sua indicação formal a vice-prefeito na chapa da companheira Luiza Erundina.
A reportagem do jornalista Carlos Eduardo Alves não reflete o que todos nós ouvimos.
Mercadante não tentou 'ressuscitar o discurso do Plano Real', como sugere o jornalista, mas apresentou propostas para que a prefeitura assuma novas responsabilidades econômicas, ajudando na estabilidade da economia e articulando um plano de desenvolvimento que possa contribuir para combater as consequências da política econômica dos juros altos, e particularmente a tragédia do desemprego, bem como a dramática ampliação da economia informal."
Devanir Ribeiro, líder da bancada do PT na Câmara de São Paulo, seguem-se mais oito assinaturas (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Carlos Eduardo Alves - As críticas veementes de Mercadante ao Plano Real causaram constrangimento até entre alguns dos signatários da carta, como é o caso do vereador Henrique Pacheco. Mercadante foi desautorizado pelo comando da campanha a insistir no mesmo discurso adotado na campanha presidencial de 94.

Consentimento
"Os bons políticos não são tão bons assim. Sabem o que os maus políticos fazem e se calam.
Quem cala, consente."
Wandyra Moraes (São Paulo, SP)

Ame-a ou deixe-a
"Estranhamente infeliz o artigo de Josias de Souza quanto às suas queixas sobre São Paulo. Uma cidade não se doma, mas sim se conquista.
Josias inicia seu artigo esclarecendo que tem profundo desapreço por São Paulo; então, não vacile, deixe-a.
Hércules C.A. Silva (São Paulo, SP)

Revolta
"Quero registrar minha indignação e revolta contra reportagens como a publicada em 2/6 a respeito da sexualidade precoce das mulheres e assinada por Paulo Sampaio.
O jornalista entrevistou 'experts' no assunto, sem dúvida. Mas seria muito mais educativo, e menos hipócrita, se registrasse algo sobre as meninas que engravidaram e perderam a sua adolescência, ou pior, contraíram Aids e perderam suas vidas."
Fátima Galvanese (São Paulo, SP)

Em defesa da "Voz"
"Acho muito difícil de aceitar e entender por que se procura acabar com a 'Voz do Brasil'.
A 'Voz do Brasil' é um patrimônio nacional que devemos cultuar e nunca exterminar."
Agenor Quirino (Jaboticabal, SP)

Fato irrelevante
"O fato de o deputado Antonio Kandir ter participado do governo Sarney e ajudado a confiscar a poupança no governo Collor se torna irrelevante diante da flagrada confissão do ministro Ricupero de não ter escrúpulo."
Paulo Henrique Machado (Rio de Janeiro, RJ)

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