São Paulo, sábado, 8 de junho de 1996
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Ministro manda BR recuar de aumento

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro das Minas e Energia, Raimundo Brito, cancelou reajuste de 4,6% nos preços de combustíveis que a BR (Petrobrás Distribuidora) pretendia aplicar ontem.
Brito telefonou de Salvador para o presidente da Petrobrás, Joel Rennó, determinando o cancelamento.
Em 20 de maio, a BR já havia retirado desconto de 3% para as compras à vista de combustíveis. Esse reajuste atingiu 80% dos postos, que repassaram o aumento ao consumidor.
"Contra a suspensão do desconto nós não podemos fazer nada", disse o chefe da Fiscalização do DNC (Departamento Nacional de Combustíveis), Paulo Yunes.
Em ambos os casos, segundo colaboradores do ministro Raimundo Brito (Minas e Energia), o argumento da BR é o mesmo: recuperação no preço de frete do álcool, que acumulava perdas antigas.
Fiscalização
Começa amanhã a fiscalização federal dos postos de gasolina suspeitos de promover aumentos de preços considerados abusivos.
A operação vai durar toda a semana. Ela começa com os fiscais do DNC e a partir de segunda-feira terá participação da Sunab.
O DNC vai aproveitar que vence hoje o prazo de 60 dias para instalação de placas com o preço do combustível em todos os postos. Os fiscais estarão nas ruas das principais capitais logo cedo.
A multa para o posto que não apresentar o letreiro será de R$ 4.800 por dia.
A fiscalização poderá se estender às distribuidoras, como a BR, que reajustaram preços sem sinalizar ao mercado. Para isso, os fiscais do DNC ainda aguardam uma orientação do ministério de Minas e Energia.
Além disso, os fiscais farão monitoramento dos preços, para detectar eventuais abusos.

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