São Paulo, domingo, 9 de junho de 1996 |
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Cheques superam os da capital
SERGIO TORRES
Porto Velho tem 300 mil habitantes e indústrias. Em Cacoal (480 km da capital), moram 80 mil pessoas, das quais 35 mil fora da área urbana, praticamente sem chances de, um dia, receber um cheque como forma de remuneração. A indústria em Cacoal dá seus "primeiros passos", disse a secretária de Fazenda do município, Sandra Soares. A economia local se sustenta no café e na pecuária. A arrecadação da prefeitura atingiu R$ 800 mil (média mensal de R$ 66,6 mil) no ano passado. "De um modo geral, a receita do Estado é baixa. Parece que ele está começando agora", disse Sandra Soares. Apesar disso, os seis bancos de Cacoal receberam, em março de 1995, 448.630 cheques, num total de US$ 157.447.626,67. No mesmo mês, Porto Velho teve depositados em suas 25 agências bancárias um total de 412.429 cheques (US$ 369.301.388,89). O investimento em cafezais é a prioridade da economia de Cacoal. A safra -e a movimentação financeira- começa em maio e termina em agosto. Fora, portanto, do período (março de 95) em que o BC aponta os depósitos milionários. Cacoal ficou conhecida no início da década por ser a sede de uma quadrilha de traficantes de cocaína chefiada por Abidiel Rabelo, irmão de Jabes Rabelo, então deputado federal. Jabes Rabelo acabou cassado por causa do escândalo. (ST) Texto Anterior: "Boom" bancário na rota da cocaína Próximo Texto: Cartéis passam a agir perto da fronteira Índice |
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