São Paulo, domingo, 9 de junho de 1996 |
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Nova York quer exportar o lixo residencial
PATRICIA DECIA
Por enquanto, o lixo está sendo mandado para o último aterro existente em Nova York -e o maior do mundo-, em Staten Island. O problema é que, devido às pressões da comunidade, o fechamento do aterro -previsto para daqui a 15 anos- foi antecipado para 2001. A solução será exportar os resíduos da cidade. Mas, até agora, pelo menos os Estados da Pensilvânia, Ohio e Virgínia já se negaram sequer a começar as negociações. Nova York é a cidade que produz mais lixo no mundo. Ao todo, são 26 mil toneladas diárias, sendo a metade industrial e já exportada para outros Estados. "Lixo é um problema político e emocional, além de custar muito caro", disse Lucien Chelfen, assistente do secretário de limpeza pública da cidade. Segundo Chelfen, a pressão da opinião pública também é responsável pela proibição ao uso de incineradores na cidade. "Ninguém quer morar perto de um incinerador. Há dois anos, houve um projeto para construir cinco incineradores com a tecnologia mais moderna, um em cada distrito. A prefeitura teve que abandonar o plano", afirmou. O último incinerador foi desativado há três anos. Na semana passada, foi anunciada a antecipação do fechamento do último aterro na cidade, no distrito de Staten Island, que recebe diariamente as 13 mil toneladas de lixo residencial produzidas pelos nova-iorquinos. Soluções Para tentar resolver o problema, foi formada uma comissão especial com representantes da prefeitura, governo e comunidade para encontrar soluções alternativas. Segundo Chelfen, serão preparadas medidas em duas áreas: aumento da reciclagem e tentativa de diminuir a produção de lixo. A reciclagem deve ser incentivada por meio de uma extensa campanha, provavelmente a partir do próximo ano. "Ainda não temos os detalhes ou datas, tudo dependerá da comissão", afirmou. O mesmo deve acontecer com a diminuição do lixo. "Nova York é uma cidade de serviços. Tudo é embalado várias vezes. Uma das medidas deverá ser mudar o padrão das embalagens", disse. Texto Anterior: Família não foi informada sobre doença Próximo Texto: Pára-brisas velhos viram garrafas Índice |
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