São Paulo, domingo, 9 de junho de 1996
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Aposentada elogia Copacabana

MARITA BOOS
FREE LANCE PARA A FOLHA

Arminda Amélia de Mendonça, 59, leva a vida típica dos aposentados que moram em Copacabana (zona sul do Rio). Professora primária do Estado, aposentada há sete anos, ela acha Copacabana o melhor lugar do mundo.
Moradora do bairro há 30 anos, Arminda aproveita todas as opções de lazer que Copacabana oferece. Ela costuma ir com as amigas à praia e caminhar no calçadão. "Aqui a gente se diverte sem dinheiro", diz.
O padrão de vida da professora é mantido com a soma de sua aposentadoria com a pensão deixada pelo marido, morto há 21 anos. Ela mora em um apartamento próprio, de três quartos.
Arminda afirma que se tivesse de viver apenas com a aposentadoria de R$ 522,78 seria obrigada a se mudar para um quitinete. "Eu precisaria dar aulas particulares."
Em março, ela quebrou o braço ao cair na rua e teve de interromper sua rotina por dois meses. Agora, já está voltando a caminhar diariamente no calçadão.
Mesmo reconhecendo que o bairro mudou muito nos último 30 anos, Arminda não se mudaria de Copacabana. "O idoso aqui não envelhece tão rapidamente."
Para Arminda, o idoso não sente solidão em Copacabana. "As pessoas acabam se conhecendo de tanto se encontrar no calçadão."

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