São Paulo, domingo, 9 de junho de 1996
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Poupança nos EUA remunera com taxa próxima da inflação

Bancos pagam entre 2% e 2,5% ao ano e o crédito é trimestral

GABRIEL J. DE CARVALHO
DA REDAÇÃO

Nos EUA, a poupança é popular e desburocratizada como no Brasil, não tem taxa fixa e chega a render abaixo da inflação.
A remuneração das "savings account" está entre 2% e 2,5% ao ano, informa o executivo Emilio Volz Farias, que trabalha num banco internacional nos EUA, onde a inflação anual oscila entre 2,5% e 3%.
Os juros pagos ao investidor comum norte-americano, diz ele, variam conforme o montante aplicado e o porte do banco.
Nas contas remuneradas ("money market"), a taxa média nos bancos estaduais estava em maio em torno de 2,5% ao ano; nos nacionais, 3,5%; e nos internacionais, 4,5%.
Juros sobre saldos médios nessas contas são calculados diariamente pelo regime composto (taxa sobre taxa) e creditados mensalmente na conta.
As "money market" exigem saldo médio a partir de US$ 2.500, na média do mercado, afirma Volz. Só são permitidas seis transações por mês, e no máximo três com cheque. As outras podem ser em dinheiro ou transferências tipo DOC no Brasil, explica Volz, autor, aqui, do livro "Matemática Financeira para Executivos".
O CDB de lá Nos depósitos a prazo ("time deposit"), tipo CDB, há prazos de 30, 60, 90, 180 dias ou mais.
Nos bancos estaduais, os juros estavam entre 2,50% e 2,70% ao ano no final de maio; nos nacionais, 3,50% e 4,00%; e nos internacionais, 5,00% e 5,30%.
Os valores mínimos dessa aplicação estão na faixa de US$ 1.500, US$ 4.000/5.000 e US$ 100.000, respectivamente.
Os prazos, até um ano, não são decisivos. No final de maio, os bônus do Tesouro de três meses estavam em 5,18%; seis meses, 5,36%; e um ano, 5,71%.
Os bônus de cinco anos pagavam 6,56%; os de dez anos, 6,79%; e os de 30 anos, 6,95% (na sexta-feira foi a 7,05%).
As cadernetas Na poupança, os juros (simples, e não compostos, como no Brasil) são creditados trimestralmente. O depósito mínimo gira em torno de US$ 200,00.
Também só podem ser feitas até seis transações por mês, mas a flexibilidade é maior.
Os bancos costumam cobrar taxa de manutenção (média de US$ 10 por trimestre) das contas que não atingem determinado saldo (cerca de US$ 500 na média do mercado), afirma Volz.
Poupança não fornece talão de cheques. Até o final de 95 os saques só podiam ser feitos na agência da conta. A partir daí o Federal Reserve permitiu retiradas em outra agência.
(GJC)

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