São Paulo, segunda-feira, 10 de junho de 1996
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Idade pode fazer contrato subir até 900%

DA REDAÇÃO

Algumas empresas alardeiam como vantagem o fato de o plano permitir a presença de acompanhante de paciente menor de idade num hospital. Mas o Idec alerta que não há nada de especial nisso, pois o Estatuto do Menor e do Adolescente prevê esse direito.
Na análise do órgão, há vantagem se o acompanhante se alimentar no hospital e nada for cobrado por isso.
O Idec também lembra que os planos cobram mais na medida em que as pessoas envelhecem.
Muitas vezes o usuário entra num plano e, dependendo da idade, acaba recebendo um aumento extra, superior ao dos demais. Assim, é bom que o interessado conheça as faixas etárias que orientam os preços de cada plano.
Um plano mais barato no início pode ficar muito caro com o tempo. A variação do preço em função de idade, observou o estudo do Idec, chega a 900%.
Carências variam
As carências (prazos a partir dos quais a pessoa pode usar determinado serviço) variam de plano para plano e conforme o problema de saúde do usuário.
Numa consulta, diz o Idec, pode ser zero (não existir) ou de três meses. Em exames para diagnóstico, pode variar de zero a 24 meses, conforme o exame e o plano.
No caso de cirurgias, a carência pode chegar a 36 meses, prazo quase sempre maior que o do contrato. O consumidor pode sair de um plano, se não renovar o contrato, sem ter direito de usufruir benefícios que foram cobrados.
Enfermidades preexistentes são capítulo complicado nos planos e seguros de saúde, afirma o instituto. Muitas empresas se aproveitam desse termo, segundo o órgão, para excluir uma série de doenças da cobertura de seus planos. Quando cobrem, a carência nunca é inferior a 12 meses.
As exclusões (casos não cobertos pelos planos) também devem ser observadas na hora de contratar um plano de saúde. Enfermidades infecto-contagiosas em geral são excluídas, sob a alegação de que, por se tratarem de casos de notificação compulsória, cabe ao serviço público tratá-las.

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