São Paulo, segunda-feira, 10 de junho de 1996 |
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Tira-teima
CIDA SANTOS O vôlei feminino brasileiro faz, nesta semana, um último tira-teima com as principais forças do vôlei mundial antes dos Jogos Olímpicos de Atlanta.A Copa BCV, que começa amanhã, em Montreux, na Suíça, reunirá 7 das 12 seleções que vão disputar a Olimpíada. Mais que isso: Cuba e EUA, os dois grandes adversários do Brasil na luta pelo ouro olímpico, também vão estar presentes. As brasileiras têm motivação extra: vão tentar vencer o torneio pela terceira vez seguida. Mas, em ano olímpico, o que importa agora não é o título. Vale mesmo é observar os adversários e fazer os últimos acertos no time. A seleção tem feito uma preparação especial no Rio, de olho principalmente em Cuba, um time que tem a força e a impulsão do vôlei masculino. Primeiro, foram os jogos-treinos contra homens. Depois, vieram outras novidades inspiradas no que o técnico brasileiro andou vendo no Japão e em outros países. Dia de treino, não estranhe se encontrar os integrantes da comissão técnica em cima de mesas junto a rede. Do alto dessas mesas, eles se tornam atacantes e descem o braço. A idéia é treinar o bloqueio brasileiro a parar jogadoras como a cubana Mireya, que alcança a bola a 3,37 m. Outra novidade são os bloqueios artificiais. O técnico mandou fazer espécies de almofadões de madeira, com duas hastes laterais. Nos treinos de ataque, Bernardinho e os auxiliares erguem esse "bloqueio" na rede. Resultado: as atletas têm que vencer um verdadeiro paredão pela frente. Mas o certo é que, a partir de amanhã, a seleção começa mesmo a respirar os ares olímpicos. O técnico Bernardinho já avisou: se a seleção do Brasil conquistar o tricampeonato, ele volta a mergulhar nas águas geladas do lago perto do ginásio, em Montreux, como fez nos dois anos anteriores. Texto Anterior: Brasil falha em seletivas e só consegue duas vagas olímpicas Próximo Texto: Grupos diferentes; Boas-novas; Liga americana Índice |
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