São Paulo, segunda-feira, 10 de junho de 1996
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Greenpeace vai a Xangai em ato contra teste nuclear

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Ativistas do Greenpeace partiram anteontem de barco de Manila (Filipinas) rumo a Xangai (China) numa viagem de protesto contra o último teste nuclear realizado pelo governo chinês, no sábado.
O teste ocorreu no campo de provas de Lop Nor, em área deserta da Província de Xinjiang, noroeste do país, às 10h56 de sábado (23h56 de sexta-feira no Brasil). É a 44ª explosão em Lop Nor desde 1964.
Em uma carta enviada ao presidente chinês Jiang Zemin, os ativistas do Greenpeace pediram permissão para entrar no país com o objetivo de discutir o fim dos testes nucleares imediatamente.
Autoridades chinesas disseram que não permitirão a entrada do barco do Greenpeace, cuja chegada a Xangai está prevista para quarta-feira.
Após o teste nuclear subterrâneo, o governo chinês anunciou que vai aderir à moratória internacional contra explosões nucleares depois de setembro. Antes disso, o governo chinês pretende realizar mais uma explosão.
A realização do teste foi condenada pelos governos dos Estados Unidos, Japão, Austrália, Alemanha, Itália, Nova Zelândia e Chile. A França e o Reino Unido não fizeram críticas. O governo francês, que realizou testes nucleares no atol de Mururoa no ano passado, enfatizou que o tratado de proibição total de testes nucleares deve ser assinado até setembro. A China é o último país que ainda realiza experiências com armas atômicas.
O tratado de proibição total de testes nucleares, que está em discussão na conferência sobre desarmamento na ONU, deve ser concluído até 28 de junho, antes de ser submetido à aprovação da Assembléia Geral da entidade, em setembro, em Nova York.

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