São Paulo, segunda-feira, 10 de junho de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Pintor trocou a academia pelo subúrbio

DENISE MOTA
DA REPORTAGEM LOCAL

Nas palavras do escritor Graciliano Ramos, Cândido Torquato Portinari (1903-1962) foi um "homem estranho, de enorme exigência com sua criação".
Portinari é considerado o principal artista plástico moderno brasileiro nas décadas de 30 e 40. Em seus desenhos, telas, murais, afrescos e painéis, retratou desde motivos religiosos a sociais.
Filho de imigrantes italianos plantadores de café, "Candinho" (como é chamado em Brodósqui, sua cidade natal) estudou na Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro e em Paris.
Nos anos 30, o artista abandonou o academicismo para mergulhar no expressionismo ao retratar personagens do subúrbio carioca.
Conhecido pelas telas de cores fortes e contrastantes, Portinari morreu intoxicado pelo óxido de chumbo das tintas que usava.
As obras mais conhecidas de Portinari são a decoração da igreja da Pampulha, em Belo Horizonte, o painel mineiro "Tiradentes" (1949), a tela "Café" (1934) e a série "Retirantes" (1945).
No exterior, são famosos os murais "Guerra" e "Paz" (1953-1955), que decoram a sede da ONU, em Nova York, e os afrescos da Biblioteca do Congresso, em Washington, feitos em 1942.

Texto Anterior: Brodósqui faz homenagem
Próximo Texto: Obras revitalizam a capital da Argentina
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.