São Paulo, segunda-feira, 10 de junho de 1996
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Istambul é uma "pororoca" de culturas

DO ENVIADO ESPECIAL À TURQUIA

Istambul é tão populosa quanto São Paulo. Mas possui tanta história que qualquer analogia suplementar seria infeliz.
Um dos frequentes chavões a define como o local em que a Ásia e a Europa marcaram um encontro para suas culturas. É pura verdade.
Os bairros europeus e asiáticos de Istambul são separados pelo Bósforo, canal natural que também separa o mar Negro do Mediterrâneo, com 31 km de comprimento por 800 metros de largura.
Mas a mistura cultural está em toda parte. Do Império Romano do Oriente há Santa Sofia, igreja construída por Constantino entre 530 e 535, por muitos séculos a maior edificação da cristandade.
Eram as residências dos sultões, que também eram califas -chefes do Islã-, quando os otomanos controlavam a Europa até a atual Áustria, a África até a Líbia, e o Oriente Médio, além do Iraque.
Tanto poder territorial se traduz obviamente por um acúmulo de riquezas que os palácios de Dolmabahce (século 19) e Topkapi (século 15) refletem a partir de seus haréns. Trata-se de alas residenciais e não, conforme rebatida mitologia, locais em que a teocracia discricionária se fechava em diárias orgias.

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