São Paulo, terça-feira, 11 de junho de 1996
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Última obra do metrô é de 92

GEORGE ALONSO
DA REPORTAGEM LOCAL

A polêmica em torno do metrô esconde uma necessidade do governador paulista, Mário Covas (PSDB). Sem caixa, ao assumir o governo, Covas anunciou que não seria possível construir nem mesmo 500 metros de metrô.
Nenhum centímetro de metrô foi feito por Covas até agora. A rede não é estendida desde 12 de setembro de 1992. O metrô paulistano tem 43,6 km de linhas.
Naquele dia, o então governador do PMDB Fleury Filho entregou a estação Clínicas (linha Paulista) e o anexo da estação Ana Rosa, obras iniciadas por Quércia. A Companhia do Metropolitano de São Paulo é controlada pelo Estado (99,356%). O restante é dividido entre prefeitura (0,3169%), União (0,1384%), Emplasa (0,1879%) e outros (0,0004%).
O metrô foi 100% municipal, segundo a empresa, até 28 de junho de 1982, justamente quando o malufismo controlava a máquina estatal. José Maria Marin substituía Maluf como governador e Salim Curiati, Reynaldo de Barros na prefeitura. Todos "biônicos" -não havia eleição direta.
O metrô passou ao Estado, que teria maior capacidade de investir. Agora, Covas acenou com possibilidade de dividir com a prefeitura tal ônus. Nada foi formalizado.
As obras devem ser retomadas em breve, com a extensão norte da linha Norte-Sul (3,5 km e três estações). Foi obtida verba do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

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