São Paulo, terça-feira, 11 de junho de 1996 |
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Pasta reverencia tempo da pintura
CELSO FIORAVANTE
"Minha pintura precisa de um tempo. Não é uma pintura que se entrega de imediato. Se você passar rapidamente, ela não vai se mostrar. Sua rebeldia é justamente a dificuldade de se deixar ver." Posição romântica? Com certeza. Mas Pasta nunca negou sua reverência à pintura, mesmo em tempos de instalação. "Quantas vezes já tentaram matar a pintura?" Também não nega seu apego à cor e à forma. Por meio delas, Pasta tenta criar, como em Giorgio Morandi (1890-1964), um novo espaço, metafísico. Pasta carrega suas experiências nas telas com as camadas de cor que se sobrepõem, sepultando, mas principalmente revelando, um tempo suspenso e as formas de uma necessidade sua de memória. "Tento criar uma suspensão temporal. Nesse sentido, me reconheço em Morandi e em Manuel Bandeira, por conta dessa concepção de tempo e de memória, de justificar toda a ação do presente através da lembrança." (CF) Mostra: Paulo Pasta Onde: galeria Camargo Vilaça (r. Fradique Coutinho, 1.500, tel. 011/210-7390, Vila Madalena Vernissage: hoje, às 20h Quando: até 12 de julho Texto Anterior: Português Rui Chafes cria corpos e armas Próximo Texto: Lizárraga domina suas cores e linhas Índice |
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