São Paulo, terça-feira, 11 de junho de 1996
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História da maquiagem define a mulher no século

ERIKA PALOMINO
COLUNISTA DA FOLHA

Cosmética com ares políticos e sociais. É assim que a autora Kate de Castelbajac posiciona as evoluções da maquiagem e do estilo das mulheres deste século, no livro "The Face of The Century".
Bem distante de um registro de futilidades femininas -impressão inicial que o tema possa suscitar-, trata-se de consistente estudo das imagens que ajudam a entender os períodos em questão.
Para Castelbajac, a maquiagem serve como bandeira erótica, história social, campo de batalha político, moda e moralidade.
Assim, partimos de 1908, quando era aceitável usar ruge e pó para almoçar fora. A partir de 1910, o teatro influencia mulheres de todas as classes sociais. Nos anos 20, a mulher revoluciona tradicionais interpretações de beleza, ao cortar os cabelos e pintar mais o rosto.
O rosto da década de 30 tinha formas definidas e almejava a simetria, enquanto nos anos 40 a guerra redefiniu a figura feminina em termos estéticos e sociais, detonando a indústria de cosméticos. Nos 50, pura elegância.
Com a valorização da juventude nos 60 e a escolha de papéis dos 70, Castelbajac termina no supermercado de idéias de 80 a 95, em que predominam a influência da rua e das novas tecnologias.

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