São Paulo, quarta-feira, 12 de junho de 1996 |
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Malan culpa regimento
IGOR GIELOW
"Na democracia, tudo tem que ser discutido. Mas vira uma derrota: você precisa de 308 votos de maioria para aprovar uma reforma. Consegue 307 e é chamado de derrotado. Temos um senso de urgência nas aprovações", disse. Classificou o sistema de votação de destaques em separado como a "tirania da minoria". "É injusto, você tem que aprovar 19 vezes com 308 votos a mesma reforma", disse Malan depois, referindo-se ao caso da reforma da Previdência. "Quando 300 votam a favor e perdem, e 100 votam contra e ganham, algo está errado." Malan, que visitou o Reino Unido após viajar pelo continente europeu, tentou reverter o mal-estar causado pelo economista Rudiger Dornbusch, que na semana passada havia declarado que o Brasil estava na rota de uma crise cambial à mexicana. Sem citar o nome de Dornbusch -ou "Rudi", como o ministro o chama-, Malan disse que a economia brasileira está bem, que, apesar do custo, as reservas externas estão estáveis e que não há nenhum risco de desvalorização abrupta do real. Mas os empresários não se convenceram e recolocaram dúvidas sobre a sobrevalorização do real e a demora nas reformas. Texto Anterior: Aliados do Planalto impedem votação Próximo Texto: Bombas a granel Índice |
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