São Paulo, quarta-feira, 12 de junho de 1996
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Doentes não eram terminais

RONI LIMA
DA SUCURSAL DO RIO

A Secretaria de Estado de Saúde constatou que 90% dos cerca de 300 pacientes da clínica Santa Genoveva não eram terminais, contradizendo o argumento dos donos de que a taxa de mortalidade era alta por causa do estado terminal dos internos. Dois sócios da clínica, Eduardo Espínola e Mansur José Mansur, disseram que costumam ter uma média de 8 a 12% de óbitos por mês.
O diretor do Departamento de Medicamentos da Coordenação de Fiscalização Sanitária da secretaria, Josias Acioli Ferreira, 45, disse que um índice de 10% de óbitos seria aceitável se realmente a maioria dos pacientes fosse terminal.
Mas, segundo ele, este não era o caso da Santa Genoveva. Comparando-se com um hospital comum, que atenda vários tipos de doentes, a Santa Genoveva deveria ter um índice mensal de óbitos de apenas 5% a 6% do total de seus pacientes.
Levando-se em conta que apenas 10% (30) dos cerca de 300 pacientes eram terminais, Ferreira disse que o número médio de 30 mortes por mês na clínica representaria "um índice de mortalidade de 100%".
(RL)

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