São Paulo, quarta-feira, 12 de junho de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Preço exige rigor e escolha

ANA FRANCISCA PONZIO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Os ingressos caros do Carlton Dance Festival (R$ 50,00 e R$ 35,00) exigem escolha de quem pretende acompanhar o evento.
Quem gosta de tradição deve passar longe. O Carlton deste ano não chega a ter estrelas, mas autores com linguagens peculiares.
Versão evoluída da estética lançada pela alemã Pina Bausch, Alain Platel é obrigatório. Seu espetáculo exige desprendimento, já que está focado nos defeitos e não qualidades do comportamento humano.
"Mountains Made of Barking", de Win Vandekeybus, deve despertar paixão ou ódio. Para o coreógrafo, um grito pode ser dança. O caos cênico de seus espetáculos pode irritar quem não atura experimentalismos.
A companhias Vicente Saez, da Espanha, e Scapino Rotterdam, da Holanda, ocupam o espaço mais neutro do festival. Não devem provocar polêmicas, tampouco entusiasmos. No movimento atual da dança moderna holandesa, a Scapino não está entre as companhias mais expressivas.
Boa surpresa deverão ser os grupos brasileiros. Diametralmente opostos, o Quasar e o Olodum mostram a diversidade da dança contemporânea brasileira, que começa a crescer e aparecer.
(AFP)

Texto Anterior: Vicente Saez busca pura dança
Próximo Texto: Marcelo Leite fala hoje no Universo Online; Jackson volta a ter problemas na Justiça
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.