São Paulo, quinta-feira, 13 de junho de 1996
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Dólar comercial supera R$ 1 pela primeira vez

RODNEY VERGILI
DA REPORTAGEM LOCAL

Dicas
1 Aplique no fundão só o dinheiro que vai necessitar em prazo inferior a 30 dias.
2 Fuja do dólar no paralelo e do ouro. Os preços estão variando pouco.
O dólar comercial supera R$ 1 pela primeira vez desde julho de 1994 (início do Plano Real).
O dólar chegou a ser cotado a R$ 1,0020 logo no início dos negócios, por causa de remessa de US$ 150 milhões realizada por um grande banco nacional.
Segundo os operadores, as cotações foram declinando durante o dia com a entrada de recursos externos. No fechamento, o dólar comercial foi cotado a R$ 1,0010 para compra e R$ 1,0012 para venda.
A barreira de R$ 1 já havia sido rompida em mercados com menos negócios como o do paralelo (23 de abril último) e do turismo (17 de maio passado).
As cotações do dólar comercial estão subindo de maneira gradativa desde o valor mínimo de R$ 0,829 para venda em 14 de outubro de 1994.
A alta nas cotações do dólar comercial pode ser explicada pela elevação nas cotações no início dos negócios para remessas para o exterior e por especulações quanto à mudança na minibanda.
O Banco Central não atuou ontem no mercado, pois o intervalo de variação do mercado continua dentro da minibanda de R$ 0,999 para compra e R$ 1,004 para venda.
Nas Bolsas, ontem foi dia de surpresas. O índice da Bolsa de Valores de São Paulo fechou em alta de 2,19%, recuperando a baixa (0,8%) do dia anterior. O mercado está operando de olho no vencimento do mercado de opções no dia 17, quando são apuradas as perdas e ganhos de investidores que apostam na baixa ou alta nas cotações.
No mercado de renda fixa, o Banco Central interveio com taxa-over de 3,25% para 30 dias úteis. Havia escassez de dinheiro no mercado e os juros tendiam a subir. Ontem, saíram do mercado R$ 630 milhões de pagamento de impostos e contribuições.
Estava prevista ontem entrada de R$ 370 milhões de dinheiro no sistema financeiro, por causa de resgate de Bônus do Banco Central.
Houve concentração de dinheiro em poucos e grandes bancos, o que forçou alta de juros em negócios com instituições de menor porte.

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