São Paulo, sexta-feira, 14 de junho de 1996 |
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Indústria paulista espera taxas positivas
ANTONIO CARLOS SEIDL
A expectativa, segundo ele, baseia-se na eliminação gradual de restrições ao consumo; na proteção contra a invasão desleal de produtos importados, principalmente nos setores têxtil, de calçados e de brinquedos; e no "pacote" de estímulo às exportações. Isso, acredita Tabacof, vai impulsionar a atividade econômica. O quadro já é de aquecimento. As vendas industriais cresceram 10,41% em abril sobre março, segundo a CNI (Confederação Nacional da Indústria); a indústria paulista cresceu 4,8% em abril sobre março, segundo a Fiesp, e a indústria fluminense registrou uma expansão nas vendas de 1,41% de abril para maio, de acordo com a Firjan (Federação das Indústrias do Estado de Rio de Janeiro). Tabacof diz que, no entanto, a Fiesp não está preocupada com as estatísticas. "A tendência é realmente de uma gradual retomada sem nada explosivo, porque ainda há uma dispersão dos índices", diz. Segundo análise da Fiesp, a retomada da atividade não demonstra um comportamento homogêneo. Os setores mais ligados ao consumo têm sinais de franca recuperação, como a indústria de alimentos e bebidas, com crescimento de 1,68% em abril, segundo a CNI. Mas os setores mais ligados a bens de capital e aqueles que ainda estão sofrendo uma pressão muito grande dos importados têm um comportamento mais lento. Tabacof acha que ainda é cedo para correlacionar as medidas de reaquecimento da atividade econômica com o ano eleitoral. Talvez seja coincidência, afirma. Mas, coincidência ou não, admite, as medidas já tomadas ou anunciadas para liberar o crédito ao consumidor, reduzir juros e incentivar as exportações são as que a indústria pedia desde 1995. Tabacof não acha que a estabilidade do Real possa ser ameaçada com as medidas de reaquecimento da economia na fase pré-eleitoral. Texto Anterior: Cresce emprego em obras públicas Próximo Texto: Economista aponta 'ciclo clássico' Índice |
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