São Paulo, sexta-feira, 14 de junho de 1996
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Parte da RFFSA vai a leilão com plano de crescimento

WILSON TOSTA
FERNANDO PAULINO NETO

WILSON TOSTA; FERNANDO PAULINO NETO
DA SUCURSAL DO RIO

Grupo que assumirá ferrovias quer desafiar transporte rodoviário

O consórcio liderado pela Companhia Vale do Rio Doce e pela Varbra para arrendar a Malha Centro-Leste da Rede Ferroviária Federal, depois que assumir a empresa, declarará uma guerra comercial contra o transporte rodoviário, hoje senhor da maior parte do transporte nacional.
Segundo o diretor de Transportes e Recursos Florestais da Vale, José Carlos Marreco, retomar para as ferrovias cargas que a deterioração do setor mandou para as rodovias será prioridade do grupo que deverá arrendar a malha, cujo leilão acontece hoje, às 14h, na BVRJ (Bolsa de Valores do Rio).
"As ferrovias hoje transportam apenas 20% das cargas brasileiras. Se excluirmos os minérios, esse percentual cai para 9%", afirmou.
"Se a ferrovia tiver credibilidade e postura comercial agressiva, vai alterar o quadro de rodoviarismo vigente no Brasil."
Receita
O diretor da Vale disse que, nos próximos quatro anos, a receita de transportes da malha deve ir a US$ 300 milhões por ano. Em 1995, foi de US$ 190 milhões, segundo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
O arrendatário será obrigado a investir US$ 982,4 milhões nos 30 anos da concessão -US$ 327,4 milhões nos primeiros cinco anos.
Marreco afirmou que o consórcio, o único habilitado a concorrer, foi formado pela união de dois grupos que vinham discutindo separadamente.
"Vamos ver os dois planos de negócios e escolher o que há de melhor em cada um deles", disse.
O único consórcio habilitado para o negócio é formado pela Companhia Vale do Rio Doce, Varbra, Railway Tex, CSN, Interférrea, MPE, Half Partners e Judori.

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