São Paulo, sexta-feira, 14 de junho de 1996
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'Foi azar', diz porta-voz

DA REPORTAGEM LOCAL

A gerente de recursos Humanos do hospital das Damas, Maria das Graças Mota Cruz, 47, afirma que os médicos adotaram o procedimento padrão para casos de fratura grave na paciente Maria José Cavalcanti.
"Ela foi uma das primeiras vítimas a chegar ao pronto-socorro, e o ferimento não exigia uma cirurgia imediata", afirmou Maria das Graças.
Segundo ela, o aparelho de tração deveria ser mantido por duas semanas, para então ser feita a operação. Na noite de anteontem, ela passou mal e foi transferida para a UTI.
"Não dá para evitar uma embolia. Foi muito azar", diz Maria das Graças. Ela afirma que a embolia, nesses casos, é muito rara -aproximadamente uma em cada mil casos.
Ela afirmou também que a família da vítima havia acatado a sugestão dos médicos de não transferi-la para outro hospital. "Temos um serviço de alta qualidade em ortopedia."
Esmigalhamento
Segundo a hipótese de Maria das Graças, o esmigalhamento dos vasos sanguíneos da perna da paciente causou a embolia.
A gerente de Recursos Humanos, que também é médica, diz que a família foi avisada de que poderia haver complicações. A família nega.
A Casas Bahia, onde ela trabalhava, chegou até a ceder uma ambulância, que ficou na porta do hospital, aguardando uma possível transferência de Maria José, mas os médicos persuadiram a família a não transferi-la.
Maria havia ido ao shopping para almoçar com uma amiga, que foi operada no hospital Cruzeiro do Sul e está fora de perigo.

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