São Paulo, sexta-feira, 14 de junho de 1996 |
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Paciente foge da clínica e tenta se matar
SERGIO TORRES
Ela se despediu dos colegas e entrou na floresta em volta da clínica. Avisados, funcionários passaram a procurá-la. Isaura foi achada dez minutos depois, perto do penhasco de onde pretendia se atirar. "Ninguém quer ir embora. A gente não incomoda ninguém. Vivemos nossa vidinha aqui. Prefiro me matar a ir embora." Vítima de epilepsia, acidente vascular cerebral e problemas cardíacos, Isaura diz conhecer o dia-a-dia hospitalar. "Tenho medo que possa me acontecer. Há 17 anos tenho doenças incuráveis. Minha vida é assim. Aqui pelo menos tenho apoio", afirmou ela. Um dos amigos de Isaura fugiu antes de ser transferido. Mário de Abreu, 52, aproveitou a confusão na clínica, se misturou aos jornalistas e foi embora. Abreu é tuberculoso e sofre de hérnia na perna direita. Ele disse que tentaria ficar na casa do irmão Ademir, mas que não sabia se seria bem recebido. "Meus filhos me abandonaram, a verdade é essa." (ST) Texto Anterior: Clínica pode fechar hoje Próximo Texto: Paralisação na USP vai prosseguir Índice |
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