São Paulo, sexta-feira, 14 de junho de 1996
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Paralisação na USP vai prosseguir

FERNANDO ROSSETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

Professores e funcionários da USP (Universidade de São Paulo) decidiram ontem, em assembléias separadas, manter o movimento grevista iniciado há duas semanas.
Na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), os professores voltaram a dar aulas ontem, conforme decisão tomada em assembléia na terça-feira.
Os funcionários da Unicamp continuam paralisados e realizam manifestação hoje na universidade -em conjunto com funcionários da USP-, contra "punições e desconto dos dias parados".
Na Unesp (Universidade Estadual Paulista), primeira a entrar em greve, há três semanas, professores de dois campi (Bauru e Araçatuba) decidiram suspender a paralisação. Pelo menos até segunda-feira, docentes de 10 dos 15 campi continuam em greve.
Na USP, a reitoria não faz avaliação da adesão à greve desde segunda-feira. As unidades mais atingidas são a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas e a Escola de Comunicações e Artes. Em Ribeirão Preto, a Faculdade de Medicina aderiu ontem.
Sem negociação
As negociações entre reitores e grevistas estão suspensas desde o último dia 24.
No mês passado, os reitores deram um reajuste de 7,63% nos salários -após um ano sem aumento. Os grevistas reivindicam 56%.
O piso salarial de um professor doutor em dedicação exclusiva ficou, com o aumento, em R$ 2.580 (brutos).
Os grevistas também reivindicam na Assembléia Legislativa mais verbas para as universidades e a retirada de um projeto que propõe a cobrança de mensalidades nas universidades estaduais.

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