São Paulo, sexta-feira, 14 de junho de 1996 |
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BC confirma o dólar acima de R$ 1,00
RODNEY VERGILI
1 As cadernetas estão pouco atraentes em junho. 2 Fuja do dólar no paralelo e do ouro. Prefira fundos de renda fixa. O Banco Central realizou ontem duas alterações na minibanda e interveio no mercado para evitar queda nas cotações do dólar. No dia anterior, o mercado cambial praticou cotações do dólar acima de R$ 1 pela primeira vez no Plano Real. Ontem, o Banco Central confirmou a expectativa do mercado logo pela manhã com alteração na minibanda para R$ 1,000 na compra e R$ 1,005 na venda. Logo após a intervenção do BC, as cotações começaram a cair por causa da continuidade de entrada de dólares na economia. O saldo cambial (entradas menos saídas) continua positivo em US$ 699,59 milhões em junho (até o dia 12). O Banco Central interveio no período da tarde comprando dólar a R$ 1,00 para evitar que as cotações da moeda norte-americana baixassem. Para confirmar a disposição de manter o dólar acima de R$ 1, o BC surpreendeu o mercado e fez uma segunda alteração na minibanda no período da tarde, fixando o novo intervalo de variação entre R$ 1,001 para compra e R$ 1,006 para venda. No mercado de renda fixa houve pressão para alta dos juros, após a divulgação da primeira prévia de inflação da Fipe para junho. O mercado está estimando inflação entre 1,3% e 1,7% para este mês. O mercado está trabalhando com estimativa de rentabilidade das cadernetas de até 1,4% para junho. As cadernetas podem, portanto, registrar em junho o segundo mês consecutivo de rentabilidade abaixo da inflação. As estimativas de inflação maior para junho provocaram alta nos juros dos Certificados de Depósito Bancário, que passaram de 25,04% para 25,10% ao ano. Nas Bolsas de Valores o volume de negócios continua elevado, com a proximidade do vencimento do mercado de opções (dia 17). Os investidores que apostam na baixa das cotações tiveram melhores resultados ontem. O índice Bovespa fechou com queda de 0,51%. Ontem, o volume de negócios com C-Bonds (títulos da dívida externa) no mercado futuro da BM&F registrou o recorde de R$ 491,5 milhões. Texto Anterior: Multa sobre conta vencida pode acabar Próximo Texto: EUA criticam "protecionismo" brasileiro Índice |
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