São Paulo, sexta-feira, 14 de junho de 1996 |
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Português surpreende e conquista salão internacional
JORGE CARRARA
Entre os premiados houve brancos leves e perfumados (do norte), outros de bom corpo nascidos no Dão (no centro), tintos rubros concentrados oriundos do Alentejo (no sul), portos, é claro, e até um tremendo vinho licoroso da Ilha da Madeira. Por trás do significativo sucesso (além do maciço envio de amostras ao concurso), está o gigantesco esforço que a indústria vitivinícola portuguesa vem realizando para renovar o seu parque e criar novos produtos, destinados a conquistar uma fatia maior do mercado internacional. O progresso não se reflete somente nas garrafas mais sofisticadas -como as do Quinta do Carmo, um supertinto do Alentejo que já é vendido a mais de US$ 20. A evolução alcançou também os vinhos mais modestos do cardápio lusitano, que se tornaram uma ótima alternativa para se beber um vinho em conta sem ter que escolher necessariamente um chileno ou acabar saboreando um batido Cabernet Sauvignon. Alguns têm personalidade frutada e vêm de cantos vinícolas praticamente desconhecidos. É o caso do Quinta do Bairro Falcão, um tinto do Cartaxo -região ao norte de Lisboa- elaborado com uvas Periquita, que tem corpo médio, paladar redondo e equilibrado marcado por fruta (leve groselha). Outros têm a clássica robustez dos vinhos da terra, mas não dispensam uma boa dose de fruta como o Dão Louriçal 92, um tinto de aroma fechado e sabor marcado por cerejas e especiaria. Há também tintos bem modelados, no Douro, terra dos portos. Um deles é o Foral Reserva 92, que combina fruta com toques de alcaçuz e madeira. O Cismeira 91 é outra opção interessante pelo paladar de frutas vermelhas, baunilha e especiarias e, sobretudo, porque tem um preço excelente para a sua qualidade. Texto Anterior: Aproveite este frio invernal para comer algo diferente Próximo Texto: Descontos 1; Descontos 2; Descontos 3 Índice |
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