São Paulo, sábado, 15 de junho de 1996 |
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Parte da RFFSA é vendida ao preço mínimo
WILSON TOSTA
Seu novo operador será o consórcio formado pela Companhia Vale do Rio Doce e outros sete integrantes, único habilitado a participar do leilão. O ministro do Planejamento, Antonio Kandir, disse que a operação foi lucrativa e atende ao objetivo do governo Fernando Henrique Cardoso de "romper os limites ao crescimento". Segundo ele, o consórcio está obrigado a aumentar em cinco anos a tonelagem de cargas transportadas em, no mínimo, 63%. "Com a privatização, em cinco anos conseguiremos passar de US$ 500 milhões de exportações transportados atualmente pela Malha Centro-Leste para US$ 1,2 bilhão", disse o ministro. Roberto Abreu, diretor-presidente da MPE, uma das empresas que formaram o consórcio, disse que deverão ser investidos, nos próximos quatro anos, US$ 320 milhões na malha. Segundo Armando Guerra, o faturamento anual, entre o sexto e o décimo ano, será de US$ 300 milhões. Atualmente, é de US$ 160 milhões. O leilão envolveu mais de 7.000 quilômetros de ferrovias espalhados por sete Estados e foi feito sob a forma de concessão dos serviços, arrendamento de equipamentos e instalações e venda de bens de pequeno valor. A concessão será operada por uma empresa com capital social de R$ 90 milhões, a ser formada pela CVRD, MPE, CSN, Interférrea, Rail Tex, Half Partners, Garantia e Judori, cada uma com 12,5% das ações ordinárias. Dez por cento do capital total será vendido aos empregados, por 30% de seu valor. Conflito Os manifestantes derrubaram gradis e invadiram uma área que havia sido isolada. Algumas pedras foram atiradas. Os PMs bateram em manifestantes com cassetetes. Dois sindicalistas foram detidos e liberados pouco depois. Texto Anterior: BB eleva dívida mobiliária Próximo Texto: A Rede Ferroviária Federal em leilão Índice |
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