São Paulo, sábado, 15 de junho de 1996
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Gás vaza em frente à casa de FHC

ANDRÉ LOZANO
DA REPORTAGEM LOCAL

A Comgás (Companhia de Gás de São Paulo) localizou ontem um vazamento de gás natural em frente ao prédio onde mora o presidente Fernando Henrique Cardoso, em Higienópolis (região central de São Paulo).
Segundo a Comgás, o vazamento havia sido notado há uma semana por um dos porteiros do edifício, na rua Maranhão, mas só foi revelado ontem de manhã por uma jornalista que fazia plantão no local aguardando a chegada do presidente.
Técnicos da Comgás confirmaram o vazamento no registro de entrada de gás do edifício de FHC, localizado sob a calçada, na frente da garagem.
Segundo o assessor de imprensa da Comgás, Soisi Kanashiro, não foi preciso substituir o registro defeituoso, apenas regulá-lo.
Relatório da Comgás classificou o acidente de "micro vazamento". A equipe da manutenção da empresa localizou um segundo vazamento de gás, a dez metros do prédio de FHC.
Segundo os técnicos, o segundo vazamento foi provocado pelo rebaixamento do asfalto devido a uma obra de recapeamento.
A Comgás registrou uma "explosão" de denúncias de vazamentos de gás nos dias que sucederam a explosão do Osasco Plaza Shopping, na Grande SP.
A companhia recebe uma média de 130 denúncias de vazamentos por dia, segundo a assessoria da Comgás.
Na última quarta-feira -dia seguinte à tragédia-, 409 pessoas ligaram para a Comgás denunciando vazamentos -aumento de 214,6%.
Funcionários da Comgás passaram o dia procurando outros possíveis pontos de vazamento em um raio de 50 metros, mas não constataram outros vazamentos além dos dois reparados.
O Contru registrou número recorde de telefonemas sobre vazamentos de gás. Anteontem foram 123 ligações e até o final da tarde de ontem, 190. O órgão recebe uma média de 15 denúncias desse tipo por dia. Fiscais do órgão vistoriaram ontem cinco pontos de vazamentos.

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