São Paulo, segunda-feira, 17 de junho de 1996
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Compra de computador requer cuidados

DANIELA FERNANDES
ESPECIAL PARA A FOLHA

Falta de peças de reposição, atraso na entrega, manuais de funcionamento pouco explicativos ou que não estão traduzidos para o português são os problemas mais comuns que ocorrem com quem compra um computador.
Com o rápido e desenvolvimento da informática, existem hoje os mais variados modelos de computadores e tipos de programas. Para o consumidor, principalmente o leigo, escolher um produto nesse emaranhado de opções, evitando problemas, é uma tarefa que pode ser facilitada se ele tomar certos cuidados na hora da compra.
"Não adianta a pessoa adquirir um computador sofisticado se ela não sabe utilizar todos os recursos oferecidos. O ideal é adequar a finalidade do equipamento ao bolso do comprador", afirma Elisete Myazaki, chefe da divisão técnica do Procon (Coordenadoria de Proteção e Defesa do Consumidor.
Quem não tem muito conhecimento de informática deve pedir orientações a pessoas que entendam do assunto, diz Myazaki.
Ivaldo Assis Nogueira Júnior, bancário, diz ter sido mal informado pela loja Anglo Informática, onde adquiriu um computador e um kit multimídia (CD-Rom), que não funciona em seu micro.
"Eles viram que adquiri um computador com quatro megabytes de memória e que, para utilizar os CD-ROM que comprei no mesmo momento, precisaria de um micro com oito megabytes de memória. Aproveitaram que sou leigo no assunto e me passaram informações incompletas."
Júnior recorreu ao Procon e espera que a loja aumente a capacidade de memória de seu micro.
O diretor comercial da Anglo Informática, Divo Baradel, diz que para aumentar em quatro megabytes a memória Júnior terá que pagar R$ 119. "As pessoas não sabem o que compram. Elas querem um micro barato e não se preocupam com o uso que pode ser feito".
Baradel diz ainda que a loja vendeu a configuração solicitada por Júnior e que os CD-ROM comprados funcionam no equipamento.
Enfrentar a demora das assistências técnicas, que alegam normalmente falta de peças, é outro problema comum. "Com a evolução dos computadores, quem fica com seu micro parado dois meses na assistência já está perdendo dinheiro", diz Myazaki.
Clóvis Sales de Figueiredo, técnico em engenharia, aguarda desde 4 de março o conserto de seu notebook da Compaq. Alguns reparos já foram feitos pela assistência autorizada, mas a bateria ainda não foi trocada. "Faltou agilidade da Compaq. Não tive nenhum retorno da empresa para saber os motivos da demora. Preciso do micro para trabalhar", diz Figueiredo.

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